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Projeto " FORMAÇÃO DE ALUNOS LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL "

segunda-feira, 11 de março de 2019

1 JUSTIFICATIVA

 

Na atualidade, deparamo-nos com os caminhos da leitura motivados por   situações de necessidade, prazer, obrigação, divertimento ou para passar o tempo. Nesta perspectiva, podemos afirmar que a leitura é fundamental para construção de conhecimentos e para o desenvolvimento intelectual e ético do ser humano.  

Se considerarmos que a escola tem como uma de suas funções primordiais a formação do indivíduo leitor, pois ela ocupa um espaço privilegiado de acesso à leitura, é imprescindível que a escola crie possibilidades que oportunizem o desenvolvimento do gosto pela leitura por intermédio de textos significativos e atraentes para os alunos.

Portanto, o professor enquanto mediador do processo de ensino e aprendizagem tem como compromisso despertar nos alunos, de forma criativa e significativa, o gosto pela leitura, assumindo então uma postura determinante na aquisição da leitura como prática diária dos alunos.

Como afirma Kleiman (2007, p.15), em sua obra intitulada como “Oficina de Leitura: teoria e prática”,

“[...] a apresentação da leitura tem por obrigação de vir acompanhada de entusiasmo pelo professor, e este, deve atuar como mediador para que a leitura se desenvolva com todo vigor entre os pequenos. Para formar leitores devemos ter paixão pela leitura”.

Sendo assim, este despertar da vontade de ler só será consolidado verdadeiramente quando o docente conseguir demonstrar para a criança o real sentido de ler, atribuindo assim, gosto e apreço pela leitura. Portanto, torna-se necessário escolher leituras que façam os alunos se apaixonarem pelo que leem, de forma espontânea.

Deste modo, diferentes gêneros textuais podem ser importantes aliados do professor neste cenário de incentivo a leitura na primeira infância. A leitura de diferentes tipos de textos faz com que as crianças associem os acontecimentos que eles vivenciam com o os fatos relatados nas histórias, formando seus próprios conceitos.

Fanny Abramovich, em seu livro “Literatura Infantil – Gostosuras e Bobices” ressalta:

“Através da história se pode descobrir outros lugares, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... é ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque, se tiver, deixa de ser Literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento...”

Ouvindo histórias as crianças têm a possibilidade de sentir emoções importantes para a formação de sua personalidade e identidade, como tristeza, raiva, irritação, bem-estar, medo, alegria, pavor, insegurança, tranquilidade, entre outras tantas, fazendo com que a criança vivencie tudo que a narrativa provoca no ouvinte e no leitor.

Faixa etária envolvida: 0 a 5 anos.

            2 RECURSOS METODOLÓGICOS DO PROFESSOR ENQUANTO INCENTIVADOR DA LEITURA

 

O professor é, essencialmente, um formador de opinião. No ensino fundamental, o educador assume um papel inspirador de todas as ações desenvolvidas no espaço escolar pelas crianças. Sendo assim, o professor tem a missão de incentivar a prática diária de leitura em seus alunos, tornando-os leitores ativos, cidadãos críticos e reflexivos e indivíduos autênticos, que vivam de forma autônoma.

Não há um modelo pronto a ser seguido ou um método infalível que ao ser aplicado com os alunos traga resultados imediatos e bem sucedidos. As estratégias a serem adotadas são muitas e é papel de cada professor identificar a preferência, o gosto, o perfil e características únicas de seus alunos para poder então, determinar qual o método mais relevante de tornar a leitura uma prática cotidiana em sua sala de aula, e inclusive para além deste espaço.

Desse modo, é interessante tratar de forma especial a escolha dos recursos metodológicos para desempenhar quaisquer atividades que envolvam o incentivo à leitura, pois estes auxiliam e contribuem com o momento de contar e ouvir histórias.

Ao tratar dos contos de fadas como gênero principal de estudo neste seminário, logo remete-se a presença desse tipo de história nas escolas em forma de livros clássicos na maioria das vezes esquecidos nas prateleiras da biblioteca, havendo um interesse inicial dos alunos menores pelas histórias mágicas dos contos de fadas e logo um desgosto pelos livros, pois, as ilustrações e as repetidas leituras deste material fazem com que os alunos percam o encantamento ao ler estes contos.

Adotar recursos diferenciados e modificar a abordagem deste gênero contribui com o resgate do gosto pela leitura destes textos e principalmente, aproxima aqueles alunos que estão ingressando no mundo da alfabetização e leitura.

Diversas práticas podem ser implantadas nas escolas para possibilitar o acesso e apreço pela mágica dos contos de fadas, como por exemplo, projetos sistematizados no ambiente escolar ou simplesmente momentos e locais planejados pelo docente que sejam convidativos e prazerosos, capazes de permitir o contato das crianças com as histórias, favorecendo assim o processo de ensino e aprendizagem.

 

            3 SITUAÇÃO PROBLEMA

 

A leitura é uma das principais contribuições do meio escolar, que fica da escola para a vida, muito mais que outros aprendizados. A leitura é o maior tesouro legado da escola na vida do ser humano.

Considerando então que o gosto pela leitura se constrói por meio de um longo processo na escola, há a necessidade de propor atividades diferenciadas em torno da leitura, enquanto aliados didáticos dos professores neste processo.

 Desta forma, como apresentar para os alunos textos distintos e possibilitar a eles um momento agradável de envolvimento e interação com o processo de leitura, visto que alguns gêneros se tornaram algo corriqueiro e tradicional com os alunos do espaço escolar?

 

            4 OBJETIVO GERAL

 

O intuito do projeto baseia-se na valorização da leitura como fonte de entretenimento, cultura, conhecimento científico e construção de valores e sentimentos para os indivíduos.

Há ainda a necessidade de desenvolver nos alunos condições para que eles percebam as histórias do seu ponto de vista, troquem opiniões sobre elas, assumam posturas críticas frente aos fatos narrados, defendam atitudes e personagens, criem novas situações a partir das apresentadas, bem como tornar as histórias contadas recursos que auxiliem na construção da personalidade e da identidade das crianças, visto que os contos contribuem de forma implícita com este processo.

 

            5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

·         Identificar personagens e características específicas de cada tipo de texto;

·         Identificar os contos pela linguagem típica dos mesmos;

·         Desenvolver a linguagem oral, criatividade, criticidade e formação de opinião;

·         Ler os contos apresentados, ainda que de forma não convencional, ou seja, possibilitar leitura de imagens e outras formas de interação;

·         Apresentar soluções de conflitos ou situações problemas presentes nos contos;

·         Resgatar a importância de ler, contar e contar histórias;

·         Possibilitar a construção de valores;

·         Propiciar situações de fantasia e encantamento durante a contação de história;

·         Trabalhar as emoções que os contos transmitem;

·         Estabelecer relações entre o mundo real e o mundo mágico retratado nos contos;

 

            6 CRONOGRAMA DE APLICAÇÃO DO PROJETO

 

            Cada professora escolherá quais gêneros utilizará nas atividades em sala de aula, levando em consideração a faixa etária e a realidade de cada turma. As práticas envolvendo os diferentes tipos de texto acontecerão de modo contextualizado à rotina da educação infantil e aos conteúdos estabelecidos no currículo e na apostila de cada turma.

            O planejamento deverá ser adaptado a fim de contemplar a interação entre as turmas (Maternal Integral, Maternal, Grupo II, Grupo III, Grupo IV e Grupo V). Fica a critério de cada professor organizar atividades, dinâmicas, produções de brinquedos com sucata, fantoches e outras situações pedagógicas que promovam a interação entre duas ou mais turmas. Todos os momentos serão fotografados pelas professoras, e ao final do projeto será montado um jornal com todas as fotos e relatório das atividades realizadas.

A culminância do projeto será uma apresentação, onde cada professora será responsável pelos ensaios de sua turma, contextualizando a temática do projeto. Ainda, serão apresentadas coletâneas de atividades produzidas pelos alunos e entrega do jornal produzido.

 

            RECURSOS

 

T.N.T., fantoches confeccionados com feltro e e.v.a., cola quente, tecidos e retalhos, livros confeccionados em e.v.a., barbante, prendedores de roupa, tapetes, almofadas, fantasias, livros clássicos, máscaras e cenários.

 

AVALIAÇÃO

 

A avaliação se constituirá como processual e formativa, considerando a participação, o envolvimento e interesse dos alunos.

Ainda, a avaliação contemplará os objetivos propostos no início deste projeto, respeitando a unicidade de cada aluno, valorizando as expressões e características de cada indivíduo. Sendo assim, os resultados da avaliação são pensados a partir do aspecto qualitativo. 

 

Professoras envolvidas no projeto:

Suzana, Elsa, Maria, Vera Lúcia, Célia, Silvia, Mari.

Auxiliares:

Stefani, Silvia, Suzana e Renata.

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